Comunicado à Imprensa
A propósito da sua participação na Cerimónia Militar Evocativa do Centenário do Armistício da Grande Guerra, no próximo dia 4 de novembro, pelas 11h00, junto ao Monumento aos Combatentes da Grande Guerra, na Avenida da Liberdade, em Lisboa, a ADFA enviou um comunicado aos Órgãos de Comunicação Social.
Esta nota informativa foi também enviada à Casa Militar do Presidente da República, ao Presidente da Assembleia da República, à Comissão Parlamentar de Defesa Nacional e aos Deputados que a constituem, ao Assessor Militar do Primeiro-Ministro, ao Gabinete do Ministro da Defesa Nacional, ao Diretor-Geral de Recursos da Defesa Nacional, ao Almirante Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, aos Chefes dos Três Ramos das Forças Armadas, ao Provedor de Justiça, à Procuradora-Geral da República, ao General António Ramalho Eanes, ao General Luís Sequeira, ao Presidente da Liga dos Combatentes, ao Presidente da Associação 25 de Abril, às Delegações e aos membros de todos os Órgãos Sociais Nacionais da ADFA.
Reproduzimos, na íntegra o referido Comunicado:
Ninguém Fica para Trás Nunca Esquecidos
A Associação dos Deficientes das Forças Armadas – ADFA, por convite do Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas e da Liga dos Combatentes, vai participar na Cerimónia Militar Evocativa do Centenário do Armistício da Grande Guerra, no próximo dia 4 de novembro, pelas 11h00, junto ao Monumento aos Combatentes da Grande Guerra, na Avenida da Liberdade, em Lisboa.
A Associação estará representada na Tribuna de Honra pelo Presidente da Direção Nacional, Comendador José Arruda, e pelo Tesoureiro, Dr. Armindo Matias, desfilando também na Avenida da Liberdade os associados da ADFA, perante Sua Excelência o Presidente da República, Comandante Supremo das Forças Armadas.
Esta Cerimónia realiza-se no âmbito do Centenário do fim do conflito mundial de 1914-1918 em que Portugal também participou e do qual resultaram muitos mortos e feridos em campanha, que a ADFA evoca pelo seu sacrifício supremo.
E lembrar os que tombaram em combate é tão importante como evocar a memória dos militares que regressaram da I Guerra Mundial marcados física e psicologicamente, sofrendo deficiências para o resto das suas vidas.
A História regista que o regime do Estado Novo não tratou condignamente estes seus filhos, pois, durante décadas, deixou votados ao esquecimento e às pensões degradadas os então chamados “Inválidos de Guerra”, relegando-os à miséria de uma deplorável assistência médica e da exclusão social.
Ao celebrar 100 anos sobre o restabelecimento da Paz mundial, os associados da ADFA, que serviram Portugal na Guerra Colonial, afirmam o lema “Ninguém Fica Para Trás”, para que não seja esquecido o sacrifício supremo dos militares portugueses que combateram na I Grande Guerra – os que nela deram a vida e os que dela voltaram para sempre marcados, nas suas mentes e nos seus corpos.
A ADFA, como Organização Não-Governamental de Utilidade Pública, realça que só no compromisso empenhado com os valores democráticos do 25 de Abril é possível honrar hoje e desta forma a Memória dos combatentes da I Grande Guerra, nesta nossa Avenida da Liberdade, num momento em que também honramos a nossa Soberania e a Liberdade do nosso Povo.
Celebrar a Paz é também evocar a Memória e a dádiva permanente de tantos que, na I Grande Guerra como na Guerra Colonial, longe das suas famílias, serviram a Pátria com o sacrifício das suas vidas e da sua juventude.
Com os nossos melhores cumprimentos,
A Direção Nacional da ADFA
José Eduardo Gaspar Arruda
(Presidente)